O bichinho é pequeno, perigoso e como se não bastasse, tem um sósia. Sim, o mosquito transmissor da Dengue, o Aedes Aegypti, tem um “dublê”, que além de bem parecido, também pode transmitir a doença, além da Febre Amarela, Zica Vírus e Chkungunya. Trata-se do Aedes Albopictus. “Eles são muito parecidos. A diferença está no tórax: o Aedes aegypti possui um desenho de lira (semelhante ao instrumento de cordas) e o Albopictus apenas um risco”, enfatiza a coordenadora da Vigilância Sanitária de Porto União, Jaqueline Bughay.
É difícil perceber estas diferenças, ainda mais quando se trata de insetos muito pequenos e rápidos. Mas, publicações científicas ajudam a observar melhor e entender as diferenças. Para saber quem é quem, vale ficar atento à cor do inseto e desenho na região do tórax. “Quanto à aparência, o Albopictus é um pouco mais escuro, enegrecido, com as faixas brancas mais bem demarcadas. O principal sinal usado na diferenciação das duas espécies é o desenho formado pelas escamas branco-prateadas e negras no seu escudo. O Albopictus possui uma faixa longitudinal branca, sobre um fundo negro. O Aegypti, tem faixas longitudinais submedianas mais finas e paralelas, e linhas curvas laterais formando um desenho em forma de lira”, explica uma redação cientifica disponível na internet.
Jaqueline completa a lista, acrescentando que o mosquito “oficial”, “costuma picar durante o dia, especialmente nas primeiras horas da manhã ou fim da tarde, tem voo rasteiro, com no máximo um metro de distância do solo e adora água parada”. “Além disso, o Aedes albopictus, tem preferência por áreas cobertas por vegetação. Já o Aedes aegypti, é um mosquito urbano”, lembra.
Por não entender quem é quem a olho nu, a fisioterapeuta Cristiane Hoberg Carpinski, pediu socorro na rede social. Ela compartilhou a foto em sua conta e, a partir dela, recebeu inúmeras sugestões e posicionamentos. “Meu sobrinho estava na casa da minha mãe, que mora no centro de União da Vitória, perto da Pormade, e ele quem matou no quarto dele. Ele nos chamou porque viu as manchinhas brancas. Tirei a foto e ampliei. A gente encontrou na noitinha, perto das 18 horas”, conta. A mãe de Cristiane guardou o inseto para, depois, encaminhá-lo para algum órgão específico. Aliás, submeter ao mosquito à análise, é o procedimento correto. No Vale do Iguaçu, as unidades da vigilância sanitária podem receber o inseto. “Ao trazer o mosquito para a unidade de saúde, serão colhidos dados para devida averiguação por parte da Vigilância Ambiental”, explica Jaqueline.
Embora o período do verão seja o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas, é importante ficar atento e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito no ano todo. Vale lembrar que o ciclo de reprodução do mosquito, desde o ovo à forma adulta, leva em torno de 5 a 10 dias.
Onde ficam as unidades de VIGILÂNCIA
Porto União
Na rua Francisco de Paula Dias, 110, bairro Santa Rosa
União da Vitória
Na rua Castro Alves, 50, no centro