Paraná zera a fila para transplante de córnea

·
Atualizado há 7 anos

O Governo do Estado conseguiu praticamente zerar a fila para conseguir um transplante de córnea no Paraná. Em 2010, o tempo para conseguir a córnea passava de um ano. Atualmente, os pacientes estão esperando, em média, uma semana para o transplante. Na terça-feira, 11, por exemplo, eram apenas 18 pessoas em todo o Paraná esperando por uma córnea, mas a expectativa é que esse número seja reduzido até o final da semana.

“A organização de todo Sistema Estadual de Transplantes tem proporcionado bons números ao Paraná. Em apenas seis anos, o Estado passou do 10º lugar em doadores efetivos no país para o segundo. Isso é fruto de um trabalho coordenado de todos os envolvidos no processo e da prioridade que o Governo do Estado dá à área da saúde”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto.

O ranking nacional de doação de órgãos e tecidos para transplantes, avaliado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) leva em conta o número de doações efetivas proporcional à população do Estado.
Para a diretora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, a redução de tempo de espera é uma das prioridades da gestão estadual. “Temos investidos em capacitação profissional e aperfeiçoado todos os processos que envolvem a doação e transplantes de órgãos e tecidos no Paraná. O resultado é a redução do número de pessoas que aguardam por um transplante no Estado”, afirmou.

Em janeiro de 2011, o Paraná tinha mais de 3 mil pessoas à espera de um transplante. Atualmente, cerca de 1600 paranaenses aguardam pela doação de órgãos e tecidos.

O Paraná conta hoje com 25 estabelecimentos credenciados para a realização desse tipo de transplante, em nove municípios do Estado: Apucarana, Cambé, Campina Grande do Sul, Cascavel, Cianorte, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Maringá e Pato Branco.

Ao contrário dos órgãos, que exigem circulação sanguínea para irrigá-los, as córneas podem ser aproveitadas mesmo depois que o coração para. Por serem tecidos, é possível retirá-las até seis horas depois da parada do coração e mantê-las fora do corpo por até sete dias.

DOAÇÃO 

Desde 2014, o Governo do Estado mantém a campanha Doação de Órgãos, Fale Sobre Isso, com o objetivo de estimular que a população aborde o assunto no seu dia a dia e declare a seus familiares sua intenção de ser um doador. Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que a negativa familiar é o principal motivo da não doação.