Uniuv e Rede Feminina realizam ação para diagnóstico primário de câncer de boca

Tenda foi montada na área central do Vale do Iguaçu e contou com o apoio de soldados do 5º BEC

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Atualizado há 8 anos

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(Foto: Sabrina Brum).

Alunos do Curso de Odontologia do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv), voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) e soldados do 5º Batalhão de Engenharia e Combate Blindado (5º BEC) de Porto União se reuniram no sábado, 25, numa ação no coração do Vale do Iguaçu.

Uma estrutura foi montada para realizar o diagnóstico precoce de câncer de boca. A ação foi encabeçada pela RFCC e entrou em sua terceira edição. Segundo a voluntária da Rede, Rosa Augusta, a ideia foi justamente repassar os cuidados que devem ser tomados para que a doença não se desenvolva. “É a instrução de avaliação primária, como usar o filtro solar”, comenta. “Evitar o tabagismo ou o álcool também é muito importante, porque eles podem influenciar na formação do câncer na região da boca e garganta”, explica.

Conforme Rosa esse tipo de câncer é mais comum em homens com mais de 45 anos, fumantes ou que costumam ingerir álcool com frequência.

No sábado, além dos acadêmicos de Odontologia, profissionais já formados e professores acompanharam os atendimentos. Segundo o professor Marcelo Turella, o contato com o público é muito importante para quem ainda está dentro de sala de aula. “Para os nossos alunos é uma experiência muito boa, eles acompanham a realidade do paciente, não só o paciente que vem encaminhado pela faculdade”, reforça. “Eles sentem as dificuldades de não ter toda estrutura e ganham experiência podendo ver várias lesões diferentes”, comenta.

Além do atendimento também foram entregues panfletos para conscientizar a população sobre esse tipo de câncer. Quem passou pela tenda e foi diagnosticado alguma lesão foi encaminhado para exames mais detalhados nos laboratórios da Uniuv e, também, no Centro de Atendimento Odontológico da Secretaria de Saúde de Porto União.

Sintomas
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e diagnóstico precoce

Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.

Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer. O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.

Tratamento
A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).  Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos ‘gânglios’), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.

*Com informações do INCA