Jovem morreu de parada cardíaca, diz laudo cadavérico

Polícia continua esperando exame de sangue de Shayane Carla Santos do IGP de Florianópolis

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Atualizado há 8 anos

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Polícia só precisa do laudo do exame de sangue para fechar o inquérito sobre as causas da morte da jovem Shayane. (Foto: Reprodução facebook).

Quase três meses depois da morte da jovem Shayane Carla Santos, a Polícia Civil de Porto União aguarda um laudo específico de exame de sangue, que vai determinar o que Shayane ingeriu no dia de sua morte. O delegado regional de Porto União, Nilson Cezar declarou por telefone que o laudo cadavérico apontou que a jovem morreu de parada cardíaca. “O que provocou essa parada cardíaca, só esse exame específico pode determinar”, explicou o delegado. Em relação ao inquérito policial, Cezar disse que está em fase de conclusão. “Todo mundo já foi ouvido e agora só espero o exame de sangue, para concluir o inquérito policial”, disse.

A autoridade policial, respondendo a pergunta sobre a demora do resultado do exame, que deveria estar nas mãos da Polícia em 30 dias, explicou que todos os exames dos Institutos Gerais de Perícia (IGP) do estado de Santa Catarina são enviados para a capital do Estado. “O que pode estar acontecendo é um acumulo de material, daí a demora”, justificou o delegado.

Relembre o caso

A história da jovem Shayane Carla Santos entristeceu a comunidade das Cidades Irmãs. Na madrugada de segunda-feira, 2 de novembro do ano passado, familiares levaram a adolescente para o Hospital São Braz, onde foi internada e medicada. Ela estava em casa quando passou mal após ter participado de uma balada em Porto União. Já na madrugada do dia 3, Shayane faleceu. As primeiras informações levantaram suspeitas de que a jovem, natural de Curitibanos, supostamente, poderia ter consumido alguma substância psicotrópica, como Ecstasy ou LSD. O perito do Instituto Geral de Perícias de Porto União, João Barneche, esclareceu na ocasião que havia sinais claros de ingestão de substância psicotrópica. Segundo o perito, a jovem teve várias disfunções, mas a principal chama-se disfunção eletrolítica, que causa insuficiência renal, anormalidades nos níveis de sódio, potássio e/ou cálcio. Outra consequência da disfunção eletrolítica é a desidratação. O perito, portanto, disse que só vai se reportar depois de ter o exame biológico de sangue em mãos. Tanto o IGP local quanto a Polícia aguardam o laudo.

O delegado enviou nota oficial à imprensa afirmando que a Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Porto União instaurou Inquérito Policial para apurar as causas e as circunstâncias da morte da jovem Shayane Carla Santos. Em outro trecho da nota o delegado deixa claro que no Inquérito Policial todas as pessoas próximas, que estiveram com ela naquela noite, seriam ouvidas para apuração dos fatos, mas somente o médico legista, através da realização do exame cadavérico e demais exames (sangue), pode atestar a exata causa da morte. O delegado disse que os exames seriam entregues em trinta dias, mas passados 77 dias, o principal laudo ainda não chegou para o encerramento do caso.