MACONHA NA LINGUIÇA: mulher presa ao tentar passar a perna na Polícia

Em União da Vitória, mulher é presa por tráfico ao tentar passar embutido recheado com droga para o companheiro preso

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Atualizado há 9 anos

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(Foto: Divulgação/4ª SDP).

É mais comum do que parece. O companheiro encarcerado convence alguém da família a passar drogas para dentro do presídio. Em União da Vitória não é diferente. Apesar de não existir estatísticas, várias pessoas já foram presas tentando passar drogas como maconha e crack para seus companheiros detentos.

No domingo, 3, uma mulher foi presa em flagrante quando tentava passar um churrasco com um tempero diferente. Dentro das linguicinhas assadas, haviam buchas de maconha, somando 5,5 gramas. Um luxo dentro de uma cadeia.

De acordo com o setor de carceragem é comum as pessoas tentarem passar drogas, celulares e outros objetos dentro da comida. Segundo o agente carcerário Silva, antes de liberar a comida recebida, os agentes fazem uma operação pente fino nos alimentos. “Já encontramos celulares, cachaça e drogas”, disse. O cúmulo, segundo ele, foi a troca de leite de uma caixa com uso de seringas, com direito a lavação da caixa com água, e a colocação de cachaça dentro. “Sem querer a caixa foi espremida e espirrou o líquido com cheiro de cachaça”, disse.

Mas os agentes deixam claro que nada escapa da revista. “Se vierem com uma lasanha, o detento vai receber ela cortada em tirinhas. Um bolo é todo cortado e até o refrigerante é experimentado para ver se não foi adicionado bebida alcoólica”, explicou Silva.

Crime inafiançável

linguiXXa-prisao-mulher2De acordo com a Delegada Operacional da 4ª SDP, Thatiana Guzella, a Lei 8072/90 colocou o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins como crime inafiançável e insuscetível de anistia, graça e indulto. “Eu queria alertar os parentes e amigos para não tentar passar drogas para dentro do cadeião. Mães e esposas já foram presas tentando. Imagine você, uma mãe com filho pequeno ser presa por tráfico de drogas? Não façam isso, porque a fiscalização é dura e muito eficaz”, disse a delegada. Não é a primeira vez e não será a última, mas é preciso confirmar a rigidez na revista do que entra para os detentos.

Comida de fora

Perguntamos se está faltando comida ou se as famílias dos presos é que cuidam das refeições. A questão foi esclarecida pelo agente carcerário Silva. “É que todo domingo a família tem o direito de enviar um kit refeição para a pessoa presa. É um kit domingo, com uma porção de churrasco, uma maionese, um refrigerante e um doce”. É aí que algumas pessoas aproveitam para tentar passar drogas ou outros objetos. Mas daqui da carceragem, não passa”, sentenciou o carcereiro. A delegada Thatiana avisou que todos que forem pegos em flagrante vão enfrentar os rigores da lei. “Por isso eu aviso antes, para evitar dissabores como este registrado no domingo na porta da carceragem”, finalizou.

A mulher, que não teve o nome divulgado pela Polícia, vai responder por tráfico de drogas e aguarda na cadeia o pronunciamento da justiça.