“Agora é agradecer a vida!”

Alessandra Valério, paciente diagnosticada com coronavírus em União da Vitória, recebe alta e se recupera em casa

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Atualizado há 4 anos

Ela merece inúmeros aplausos.

Alessandra Valério, paciente diagnosticada com o novo coronavírus recebeu alta e se recupera em casa. Ela permaneceu internada na Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI) em União da Vitória. Agora, a paciente permanece em isolamento domiciliar, com monitoramento de funcionários da saúde, em praticamente 24 horas.

Alessandra no domingo, 24, relatou à reportagem do Portal Vvale, os momentos de angústia e dor intensa durante o tratamento da Covid-19, que chegou nesta quinta-feira, 28, ao 15º dia.

“Contraí esse inferno de Covid; são os piores sintomas que tive na vida”, afirmou.

A mãe da Alessandra também foi diagnosticada com a doença, porém ela não necessitou de internação, e segue o tratamento em isolamento domiciliar.

Sem histórico diabetes, pressão alta e colesterol, Alessandra compartilha que a sua saúde sempre foi boa. Conta que desde o anúncio dos primeiros casos da Covid-19 e os inúmeros pedidos sobre manter o distanciamento social, sua rotina foi alterada e que respeitou o que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Alessandra é professora em União da Vitória e revela que comemorou as idas ao banheiro e o retorno à cama, sem cair a saturação (oxigênio no sangue) e, sem desmaiar no caminho por falta de ar.

“Agora é agradecer a vida a cada instante!”


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Cloroquina?

Alessandra fez o uso do medicamento sob prescrição médica. O medicamento é indicado para uso de curto prazo, apenas em pacientes graves hospitalizados devido ao coronavírus.

Vale lembrar que por ser uma doença nova, ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem a eficácia do medicamento para casos de coronavírus. No entanto, há estudos promissores que demonstram o benefício do uso em pacientes graves.


Como me sinto?

Nesta quinta-feira, 28, Alessandra comemora por estar no aconchego do seu lar. Ela segue o tratamento com medicamentos que incluem antibióticos e corticoides.

“Ainda não tenho fôlego para as tarefas cotidianas comuns, mas já melhorei bastante e a melhora é diária. A fadiga e o cansaço ainda são grandes. Depois que terminar o período de distanciamento, vou realizar novos exames para verificar a condição dos pulmões e torcer para não apresentarem sequelas.


Confira trechos do que escreveu Alessandra em recente post em suas redes sociais:

“Notícias do mundo de cá!

Queridos amigos, colegas e família…

É com uma alegria indescritível que venho lhes dizer que já me encontro em casa, liberada do hospital. O tratamento medicamentoso continua e ainda estou longe de conseguir realizar as minhas atividades cotidianas como antes. O fôlego é limitado, o cansaço e a fadiga são enormes, mas a melhora é diária e bastante notável! Vocês não imaginam o alívio que sinto a cada pequena reconquista! Falar, por exemplo! Como é bom conseguir falar! É a minha vida voltando, resgatada e ressignificada depois de quase ter se esvaído, ter sido dissipada de um modo que me parecia tão improvável. Mas que de tão improvável se mostrou irascível, nefasto, devastador.

Eu senti muito medo!

Medo de não ter tempo de dizer o que eu deveria dizer as pessoas que amo, medo de morrer sozinha, medo de contaminar as pessoas que estavam me atendendo …  

[…]

Nada ainda é fácil!

[…]

No mais, reafirmo minha gratidão a todos, por todas as orações, preces, energias positivas emanadas para minha recuperação! 

E lembrem-se do mais importante: Cuidem-se!

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(Fotos: Reprodução)